Da Redação
O mês de setembro coloca em evidência um problema de saúde pública mundial: o suicídio. Este ano, o tema central da campanha Setembro Amarelo é “Se precisar, peça ajuda!”, evidenciando a importância do acolhimento no tratamento à depressão e outras doenças mentais que podem levar ao suicídio.
Estratégia de suporte pode evitar casos
A depressão e a dependência química, junto a outros fatores sociais, ambientais e culturais, são elementos considerados nas características dos indícios de que alguém está cogitando o suicídio. “Sintomas como desesperança, o desespero e o desamparo são fatores de risco nesse processo. Uma pessoa adoecida, com esses sintomas, precisa de suporte médico, psicológico e de acolhimento psicossocial. Então é preciso entender o que se passa e traçar estratégias para um tratamento”, destaca o psiquiatra da Gerência de Atenção à Saúde Mental da Secretaria Estadual de Saúde, Gustavo Arribas.
O fortalecimento de quatro áreas da dimensão da existência humana é considerado primordial para manter a saúde mental em dia: a saúde do corpo, a saúde da mente, a vida social e a espiritualidade. Entre as recomendações principais para uma rotina preventiva à depressão e outras patologias estão uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercício físico e a manutenção da qualidade do sono. É preciso ainda evitar situações de estresse, trabalhar situações de trauma, ressignificar o passado, ter convívio familiar e comunitário e exercitar crenças do que faz bem a si mesmo.
Gustavo Arribas destaca que o tratamento pode incluir o uso de medicações. “O tratamento da depressão e de qualquer doença mental pode ter o uso de medicamentos como um dos pilares. Somado a outros cuidados psicossociais, os remédios são de extrema importância para a melhora gradativa do quadro em que o paciente se encontra. A criação de uma rede de apoio territorial e a pessoa como protagonista principal do seu cuidado são sempre primordiais nesse processo”, ressalta.
Atendimento em Saúde Mental
Todas as pessoas que apresentem sinais e sintomas de algum sofrimento psíquico ou que necessitem de cuidado integral por fazerem uso problemático de álcool e outras drogas, devem acessar a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, em um dos seus pontos de atenção, seja nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do município onde mora para iniciar acompanhamento por uma equipe multiprofissional.
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