Por Etiene Ramos

A brasileira MV, player de sistemas  de gestão digitais na área de saúde, estará com estande próprio na conferência e exposição de saúde HIMSS25, um dos principais eventos de saúde dos Estados Unidos, de 3 a 6 de março, em Las Vegas.

Na sua primeira investida ao mercado americano, a MV lançará uma solução com Inteligência Artificial (IA) para um público de especialistas em novas tecnologias. “Será a nossa primeira solução global e esperamos abrir portas em novos países, fora da América Latina e África, onde a MV já está presente”, adiantou Andrey Abreu, diretor Corporativo de Tecnologia da MV.  Além do Brasil, hoje a multinacional tem clientes no México, Peru, Panamá, Uruguai, Argentina, Equador, Paraguai, República Dominicana, Guatemala e Angola.

Sem revelar qual será o lançamento da MV nos EUA, ele diz que a empresa ainda está estudando o mercado americano, um dos maiores do mundo. No estande da MV, os executivos da empresa vão interagir com especialistas de gigantes da tecnologia em saúde, trocando experiências e apresentando seus produtos para médicos, clínicas e hospitais.

Com investimento da ordem de R$ 80 milhões por ano em inovação, a MV tem crescido no mercado latino-americano com produtos que aumentam a interoperabilidade na sáude, favorecendo o trabalho dos médicos e outros profissionais. Segundo a empresa, estima-se que a burocracia hoje consome, em média, 60% do tempo de um médico e, com a IA, eles passam a ter mais tempo para o paciente. “Na parte clínica temos uma solução, com registro da Anvisa para diagnósticos em consultórios e hospitais, que transcreve a conversa entre o médico e o paciente e adianta o diagnóstico. Isso permite uma prática mais humanizada no atendimento”, explica Abreu.

LGPD, tecnologia e empoderamento

Ampliando a presença na cadeia da medicina, a MV criou outra solução que ajuda os planos e as operadoras de saúde a controlar despesas com os clientes. Ela concentra todo o histórico do paciente evitando novos exames e consultas com especialistas.  De acordo com Andrey Abreu,  a solução foi inspirada na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que vem empoderando os pacientes com a conscientização de que suas informações de saúde pertencem a ele e não ao hospital ou estabelecimento onde o procedimento foi realizado. “Todo o histórico de exames, que eram levados numa pasta, passa a ser guardado num dispositivo que o paciente leva para onde quiser. Com isso o médico pode ter uma visão mais clara para prescrever um tratamento, sem precisar de novos exames”, detalha o diretor de Tecnologia da MV.