Impacta Bioeconomia mostra potencial dos biomas do Nordeste para Inovação na Saúde

José Farias, à esquerda, destacou estudos sobre plantas e frutos que podem ser insumos para indústria da saúde. FOTO: Divulgação

 

Da Redação

A Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) apresentou os avanços do Programa Impacta Bioeconomia no III Seminário do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Complexo Econômico Industrial da Saúde (iCeis), realizado no Recife, de 17 a 21 de fevereiro, reunindoque gestores públicos, empreendedores e pesquisadores.

O programa foi criado para impulsionar a produção sustentável de medicamentos e cosméticos com base nos biomas característicos da área de atuação da Sudene – o Nordeste e parte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. A proposta é explorar a biodiversidade nordestina e desenvolver soluções tecnológicas para a área da saúde.

José Farias, economista e representante da Sudene, destacou os resultados preliminares e promissores do programa, que está abrindo novas perspectivas para a bioeconomia no Nordeste, focando na agricultura familiar e no cooperativismo. “Estamos transformando insumos típicos da região, como o maracujá da caatinga, licuri, umbu, pitanga e acerola, em produtos de alto valor agregado para o mercado nacional e internacional. Isso vai além de simples matérias-primas, já que o cooperativismo, que é a base desse modelo, proporciona autonomia e crescimento para pequenos produtores,” comentou Farias.

Desenvolvido em parceria com as Universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e do Vale do São Francisco (Univasf), o Impacta Bioeconomia prevê a estruturação de cadeias produtivas sustentáveis a partir dos recursos naturais abundantes no território nordestino. A ideia é usar o potencial de organizações já estruturadas e investir em intervenções tecnológicas que aumentem a produtividade, permitam o lançamento de novos produtos e ampliem o valor de mercado das produções. Maracujá da caatinga, licuri, umbu, pitanga e acerola são alguns dos insumos da caatinga que estão em estudo.

O programa tem fornecido uma ampla viabilidade econômica e financeira para produtos de cooperativas. “A geração de renda para o agricultor familiar se intensifica, fazendo com que o grupo avance seus passos para ter mais tecnologia e conhecimento no mercado de suplementos alimentares, extratos e bioativos. Vai ser possível vender e ter relações comerciais com grandes empresas sem serem apenas fornecedoras de matéria-prima bruta”, explicou.

O Impacta Bioeconomia tem investimento de R$ 553 mil da Sudene. A rede conta com a parceria das cooperativas Coopercuc (Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá), localizada na Bahia, e a Cooates (Cooperativa de Trabalho Agrícola, Assistência Técnica e Serviços), de Pernambuco

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*