Por Etiene Ramos
A terceira edição do programa Startup Way Health, desenvolvido pela FOZ – Centro de Inovação em Saúde e Educação, e o Sebrae, começa nesta segunda-feira (2), reunindo futuros empreendedores com ideias inovadoras em saúde e educação para o mercado.
A maratona reúne 100 inscritos e segue até sexta, 6 de outubro, com workshops e mentorias para transformar ideias e insights inovadores em projetos ou produtos escaláveis. Desenvolvidos em grupos durante o evento, eles serão apresentados no último dia à banca avaliadora. Serão escolhidos cinco para a segunda-fase, a pré-incubação na Foz Inovação, num período de seis semanas. A ideia vencedora embarcará na incubadora, onde poderá ficar por até dois anos recebendo todo o suporte para trilhar o mundo dos negócios.
Aberta em 2018, a Foz herdou o DNA da inovação da sua criadora, a Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), que há 18 anos inaugurou o primeiro curso de medicina em uma instituição privada em Pernambuco. “A inovação maior foi trazer para o Nordeste a metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), onde os alunos aprendem na prática, sem sala de aula, usando o Instituto Materno Infantil (IMIP) como laboratório”, afirma o diretor da Foz, Philippe Magno.
Segundo ele, a ABP foi captada por profissionais enviados pelo fundador da FPS, Fernando Figueira, que queria oferecer um ensino de qualidade, inovador, aos futuros profissionais formados na faculdade.
Pesquisa e Empreendedorismo na veia
A pesquisa é outro afluente da Foz que incentiva os alunos dos diversos cursos de saúde com a disciplina optativa “Empreendedorismo e Inovação”. Ela surgiu de conversas com os alunos e profissionais do mercado de saúde e educação que apontaram a demanda pelo assunto. Ela traz especialistas de marketing, de contabilidade, de direito e outras áreas que atendem uma empresa para deixar os alunos aptos a tomar conta da sua carreira, com um viés empreendedor.
“Um professor hoje não pode ensinar um aluno como ele aprendeu. Isso é jogá-lo para algo como 30 anos atrás. Nem pode passar o que está acontecendo agora. O papel do professor é projetar, ser futurista”, diz Philippe Magno.
Para ele, os participantes do Startup Way devem vir com o espírito livre para aprender, para viver o processo mais do que pensar na solução que seu projeto ou produto irá trazer. “O que se aprende num processo de inovação é aplicado em qualquer área, até nos casamentos. Os fundos investidores que apostam nas startups acreditam muito no inovador. Eles precisam ser ‘comprados’ primeiro por causa do dono, depois pelo negócio ou ideia cria a startup ”, orienta o diretor da Foz.
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