Alcon lança WaveLight Plus no Brasil para garantir maior personalização em cirurgias refrativas

Henrique Couto, gerente regional de marketing da Alcon, Dr. Renato Ambrósio Jr, Dr. Isaac Ramos e Fábio Almeida, Country Manager da Alcon Brasil

Por Etiene Ramos*

 

Maceió – A tecnologia WaveLight Plus, da Alcon, líder mundial em produtos e equipamentos para visão, chegou ao Brasil com lançamento nesta terça-feira (28), no Eye Laser Center, em Maceió, Alagoas. O local escolhido foi o primeiro centro oftalmológico do país a adquirir o tratamento que, segundo especialistas, traz um nível excepcional de personalização em cirurgias refrativas para correção de miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo.

A miopia, já considerada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta hoje mais de 30% da população global. No Brasil, a previsão é atingir quase 50% dos brasileiros até 2050, tendo como principal causa o aumento do uso de telas.

Esta e outras mudanças de comportamentos relacionadas ao trabalho, à comunicação e tendências de estilos de vida mais saudáveis, mostram que o Brasil é um mercado em expansão, onde as pessoas estão mais confiantes no binômio tecnologia e saúde e cada vez desejam menos depender de óculos para enxergar bem. “Temos diversos tratamentos para cirurgias refrativas no Brasil, mas agora passamos a oferecer um modelo sob medida. É como se fosse um terno feito por um alfaiate, especialmente para o cliente”, comparou o head da Área de Negócios Cirúrgicos da Alcon Brasil, Fábio Mendes, em entrevista coletiva à Imprensa.

Mais perto da visão 20/20

Estudos clínicos apontam que 100% ou mais de 98% dos pacientes tratados com o WaveLight Plus alcançaram a visão 20/20, considerada a ideal a uma distância de 6 metros (ou 20 pés), enquanto 89% ficaram com a visão ainda melhor que a 20/20.

WaveLigth Plus, da Acon

A tecnologia usa o equipamento SightMap, que cria um modelo matemático digital 3D de cada olho com mensuração de centenas de milhares de pontos de dados, combinando medições de frente de onda, biometria e tomografia corneana. O modelo cria uma condição de alta personalização para corrigir problemas visuais mais complexos.

“Não queremos promover a utópica cirurgia perfeita, mas personalizar significa melhorar o 20/20, e aumentar a segurança sobre a expectativa da entrega prevista pelo cirurgião. Para usar uma tecnologia temos que usar a ciência, com segurança e eficácia”, declarou o médico Renato Ambrósio Jr, cientista, professor, cirurgião refrativo e consultor da Alcon.

Sócio do Eye Laser Center, o cirurgião refrativo Isaac Ramos, explicou que em três meses de experiência em pacientes, o WaveLight Plus tem superado os resultados 20/20. “Na cirurgia com laser já existe personalização, mas ele faz uma varredura e corrige imperfeições além do grau. Estamos chegando a 100% no 20/20 e isso não era algo esperado na cirurgia refrativa”, afirmou.

Para quem é o WaveLight Plus

A inovação da Alcon para correção refrativa pode ser usada, preferencialmente, em pacientes que se enquadram nas regras da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos. Uma delas é idade mínima de 18 anos, embora, de acordo com o Dr. Renato Ambrósio Jr., entre 18 e 21 anos há um sinal amarelo que requer mais atenção e uma avaliação clínica da retina mais detalhada. “Temos duas razões para não fazer a cirurgia num jovem: o olho está crescendo e é preciso que o alvo pare para acertar nele. Se a pessoa tem três graus de miopia e ela está evoluindo, é melhor esperar estabilizar para acertar. A outra é que o olho jovem ainda está, estruturalmente, menos maduro e pode-se ter ectasia, quando se enfraquece mais a córnea”, explicou o professor.

Para idosos, segundo ele, o WaveLight é uma possibilidade de quebrar paradigmas e fazer a correção até em pacientes que já foram operados de catarata. “Este é um grupo de pessoas que pode se beneficiar desta cirurgia de forma bastante importante. Existe a questão da disfunção da lágrima, e toda a variação de um olho senil por causa da mácula, do glaucoma, entre outros pontos, que precisam ser levados em consideração. Sou muito cuidadoso com o pode, o é preciso e o deve, conforme cada caso”, observa Renato Ambrósio.

Para saber se o paciente é elegível ao tratamento, ele recomenda ir ao oftalmologista sem usar lentes de contato por pelo menos três dias e lubrificar bem os olhos para uma boa consulta. Depois, seguir para exames como tomografia, para identificar a espessura da córnea, de refração e de fundo de olho. “Estando qualificado, após toda a avaliação oftalmológica, a cirurgia é feita pela manhã. Mas é muito importante informar que após a cirurgia não se pode mais coçar o olho, porque isso faz o grau voltar”, orienta.

Também cirurgião refrativo e sócio do Eye Laser Center, o médico Vitor Leão de Carvalho, diz que o mais importante para ser elegível à cirurgia com o WaveLight Plus é ter córneas fortes. “Muito se fala que a córnea tem que ser fina ou grossa, mas pode existir córnea fina e forte e também a grossa e fraca. A avaliação da espessura da córnea é fundamental para saber se ela vai suportar o laser”, destacou.

Em qualquer caso e idade, os médicos afirmam que os dois olhos podem ser operados no mesmo dia, num procedimento com colírio anestésico, onde o paciente fica acordado e que dura em média 15 minutos. O resultado é imediato e, segundo Dr. Isaac Ramos, alguns pacientes ficam emocionados ao poder ver as horas do relógio, com os mesmos olhos que antes não conseguiam.

Liberdade de visão

Por se tratar de uma nova tecnologia, segundo o Dr. Vitor de Carvalho, a tecnologia pode demorar alguns anos para entrar no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e por isso ainda não há previsão de cobertura da cirurgia por planos de saúde. Já as consultas e exames podem ser cobertos pelos planos.

“O mais importante é colocar preço, custo e valor. A Refractive Surgery Alliance Society (RSA), tem uma página inteira com informações sob o ponto de vista econômico, considerando o preço dos óculos, lentes… Para tudo tem cartão de crédito, mas não para a liberdade visual”, diz Dr. Renato Ambrósio Jr, presidente da RSA.

 

*A editora do www.blogpolomedico.com.br viajou a convite da Alcon

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