Câncer de intestino que vitimou Preta Gil é o terceiro mais comum no Brasil

Da Agência Brasil

Casos de câncer no intestino, como o que vitimou a cantora e empresária Preta Gil, falecida neste domingo (20), geralmente só manifestam sintomas em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e diminui as chances de cura.

Por isso, pessoas com fatores de risco devem começar os exames de rastreamento antes dos 50 anos, que é a idade recomendada para a população em geral.

“Quando o paciente tem algum familiar com câncer diagnosticado, essa idade vai diminuindo cada vez mais, e sendo mais específica e individualizada para cada pessoa. O rastreio é feito com a análise da história de vida, com exame físico e os dois principais exames de triagem: o de fezes, para ver se tem sangramento oculto, e a colonoscopia, que permite ver dentro do intestino e procurar nódulos, pólipos e câncer”, explica o cirurgião gastrointestinal Lucas Nacif, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva.

Terceiro lugar no Brasil

Os cânceres de cólon e reto, que atingem o intestino, chegam a cerca de 45 mil novos registros por ano. Eles ocupam o terceiro lugar dos mais frequentes do Brasil, de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer para o triênio de 2023 a 2025. A incidência é maior na Região Sudeste – onde ele sobe para a segunda posição de novos casos – e entre as mulheres.

Nacif explica que o câncer geralmente se desenvolve a partir de lesões benignas, como pólipos, o que aumenta o alerta para pessoas com essa condição, e quadros como Doença de Crohn e outras inflamações intestinais crônicas. Além disso, o sedentarismo, a obesidade, o consumo regular de álcool, tabaco, superprocessados e a alimentação desequilibrada também são fatores de risco.

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