Entenda a compulsão alimentar, condição enfrentada por Yasmim Brunet

A doença é uma das mais atingidas no mundo, de acordo com dados da OMS

A modelo tem sido alvo de comentários sobre o seu corpo no BBB. Foto: Divulgação/Instagram/Purepeople.

Da Redação

A modelo Yasmim Brunet, declarou sofrer de compulsão alimentar. Ela também acrescentou ser diagnosticada com a Síndrome do Intestino Irritável. Yasmim é umas das participantes do BBB e relatou a condição no programa. Yasmim contou que sofre com o problema muito antes de participar do reality show. No entanto, o ambiente intensificou as suas emoções. O relato da modelo em rede nacional acendeu o debate sobre o tema.

O assunto não é novo no meio científico. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge cerca de 2,5% da população em todo o mundo. No Brasil, 4,7% da população sofre com a compulsão alimentar.

O distúrbio faz com que a pessoa coma de forma exagerada e descontrolada, em um intervalo de tempo muito curto. A pessoa come de forma excessiva, mesmo sem sentir fome. A pessoa age assim sem sentir fome ou necessidade imediata de se alimentar. Há uma perda de controle da quantidade e da qualidade da comida.

Por sua vez, a Síndrome do Intestino Irritável é marcada por sintomas como prisão de ventre, diarreia, dor e desconforto abdominal. Por conta das semelhanças nos sintomas, ela pode ser confundida com as Doenças Intestinais Inflamatórias (DII).

Causas e relação com a compulsão alimentar

Atualmente, a Ciência sabe que existe uma provável relação entre condições alimentares e fatores genéticos, além de ambientais. Há diversos genes que podem estar envolvidos na compulsão alimentar. Alguns estão relacionados à sensação de saciedade, ansiedade e, até mesmo, fome emocional.

Para além das questões genéticas, outros fatores podem contribuir para o quadro. Experiências traumáticas na infância, problemas psicológicos e padrões alimentares inadequados podem potencializar as compulsões alimentares. Compreender essas influências genéticas pode ser um passo necessário para desenvolver estratégias eficazes para lidar com essa situação.

Um levantamento do Laboratório Genera sobre à fome emocional, mostra a predisposição a condição, por região do Brasil. O estudo é realizado de acordo com uma base de dados de mais de 200 mil testes genéticos analisados. Confira abaixo:

  • Sudeste – 64,46%
  • Sul – 63,82%
  • Nordeste – 66,08%
  • Norte – 59,89%
  • Centro-Oeste – 63,80%

Fome Emocional

Emoções negativas, principalmente tristeza e ansiedade, podem estimular o comportamento. Além disso, as condições genéticas podem afetar a condição. O gene FTO, localizado no cromossomo 16, foi associado à obesidade. Esse gene desempenha um papel crucial no desenvolvimento de distúrbios alimentares. O marcador rs9939609 nesse gene está vinculado aos hábitos alimentares. Além disso, o alelo A nesse marcador indica uma maior predisposição à fome emocional.

Doença Intestinal Inflamatória (DII)

São condições inflamatórias que podem afetar o intestino, abrangendo diferentes enfermidades como a Síndrome do Intestino Irritável e a doença de Crohn. Esta última doença citada, é uma enfermidade que pode acometer qualquer parte do tubo digestivo, desde a boca até o ânus. A análise da predisposição à DII envolve a avaliação de diversos pontos no DNA da pessoa.

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