Laser é alternativa à reposição hormonal para mulheres em tratamento de câncer

A ginecologista Israelina Tavares orienta o laser vaginal para pacientes que já tiveram câncer de mama. FOTO: Divulgação

 

Da Redação

A batalha contra o câncer de mama pode ser emocionalmente desafiadora para as mulheres, e as preocupações com a saúde íntima muitas vezes surgem à medida que o tratamento avança. A menopausa induzida pelos tratamentos oncológicos, como a quimioterapia e uso de medicamentos bloqueadores de estrogênio, antecipa problemas como a atrofia vaginal e a Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM).

“A atrofia vaginal está ligada, principalmente, ao baixo nível de estrogênio, um hormônio que, em níveis normais, é responsável por deixar a vagina mais hidratada e lubrificada, além de manter o seu pH ideal, protegendo de infecções. Com a diminuição do nível do estrogênio, pode surgir a atrofia vaginal, provocando coceira, queimação, infecções urinárias ou vaginais recorrentes, fissuras, dor na relação sexual e incontinência urinária”, explica a ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima.

Para as mulheres que não querem ou não podem fazer terapia hormonal, como as pacientes de câncer de mama, uma alternativa é o laser vaginal. A Sociedade Americana de Menopausa confirma que a terapia com dispositivos a laser pode ser  uma opção valiosa, especialmente para mulheres de alto risco, como aquelas com histórico pessoal ou familiar de câncer de mama ou ovário.

Tratamento com laser íntimo

O tratamento com laser vaginal visa rejuvenescer a área genital, combater a atrofia e a flacidez e aumentar a produção de colágeno. Isso resulta em maior firmeza local e uma melhoria na vascularização da mucosa, aliviando os sintomas desconfortáveis ​​da SGM. O procedimento é relativamente simples, envolvendo a inserção de um probe semelhante ao usado em exames de ultrassom transvaginal, com emissão de pulsos de laser. Cada sessão de tratamento dura cerca de vinte minutos, e pode ser bem tolerada com aplicação de anestésico local.

“O laser íntimo é uma excelente tecnologia não invasiva que age na mucosa vaginal estimulando a produção de elastina e fibroblastos, aumentando o colágeno local e, consequentemente, melhorando a lubrificação, a firmeza e a elasticidade da vagina”, explica Israelina Tavares.

Segundo ela, o laser é aplicado no consultório e a sessão dura em torno de vinte minutos. “Geralmente, são indicadas três sessões, cada uma com intervalo de trinta dias. Seus efeitos perduram por, pelo menos, um ano, precisando, apenas, de uma manutenção anual. As sessões são realizadas praticamente sem nenhum desconforto, não provocando efeitos colaterais”, destaca a ginecologista, pós-graduada em Rejuvenescimento Íntimo e Estética Genital pelo Instituto Lapidare (SC).

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*