Por Etiene Ramos
Com dez anos de fundação, a Faculdade de Medicina de Olinda (FMO) anuncia a inauguração de um novo prédio em 2026, na cidade. Com quatro mil metros quadrados, ele faz parte de um investimento de cerca de R$ 30 milhões, que inclui um laboratório de robótica para os seus dois mil alunos.
Com a ampliação, a FMO passa a contar com sete laboratório e reforço no ensino e pesquisa, o que poderá elevar a nota 3, obtida este ano na sua primeira participação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), do Ministério da Educação. Além da graduação em medicina, a FMO oferece pós-graduação em clínica médica e saúde da família, na modalidade residência médica.
“Nossos residentes participam das ações sociais da FMO com atividades práticas nas duas
clínicas-escolas que oferecem atendimento gratuito em 18 especialidades médicas”, diz o diretor-geral da FMO, Inácio Barros Melo. “Nós valorizamos os jovens médicos dobrando o valor da bolsa da residência do Sistema Único de Saúde com um auxílio-moradia que eleva o total para cerca de R$ 10 mil, um incentivo para a dedicação-exclusiva enquanto estão se especializando”, completa.
A Medicina venceu o Direito
Inácio Barros Melo Neto vem de uma família com tradição no ensino superior em Olinda e, quando pensou em abrir sua própria faculdade, a primeira ideia foi seguir sua formação em Direito. Mas um amigo visionário, o ex-prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, o fez mudar de ideia. “Valeu a pena trocar para medicina. Quando comecei, afirmei que não ia medir esforços, nem investimentos para ser a melhor, e fui aumentando as instalações físicas e os aportes em equipamentos e tecnologias para o ensino”,

No Ranking Universitário da Folha de São Paulo de 2025, a FMO ficou em primeiro lugar no quesito professores com dedicação parcial e integral, nas faculdades de medicina do país. No mesmo ranking, a instituição apareceu como a segunda melhor entre as faculdades privadas de Pernambuco.
“Foi muito importante acreditar no olhar do ex-prefeito que, na ocasião, lembrou do crescimento da nossa população e do quanto ela iria precisar de médicos. Hoje já temos 996 médicos formados pela FMO, é nossa contribuição para a sociedade”, declara Inácio de Barros Melo, que elevou a oferta de vagas de 100 para 300 nos últimos dez anos.
A FMO também investe em pesquisas. Desde 2021, quando o governo federal suspendeu os recursos para pesquisas, foi tomada a decisão de destinar R$ 1 milhão num período de cinco anos. “Continuamos fomentando participações em congressos, viagens isoladas de alunos que tenham trabalhos destacados, e realizamos o nosso Congresso Internacional FMO, que chegará à quarta edição em 2026. No próximo semestre vamos continuar incentivando os alunos lançando um edital mais robusto, com 100 bolsas de pesquisa e 100 de monitoria”, adianta o diretor-geral da FMO.

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