Síndromes respiratórias aumentam hospitalizações no Norte e Nordeste

Aumentos seguidos de casos de SRAG entre crianças causa demora na liberação de leitos - FOTO: Victoria Regen/Pixabay

Os casos graves de vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças continuam a puxar para cima a tendência de hospitalizações por síndrome respiratória em parte do Norte e Nordeste do Brasil. A informação consta do mais recente Boletim Infogripe, divulgado nesta terça-feira (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Nos estados do Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima, as hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão em alta nas últimas seis semanas. A elevação se deve, especialmente, aos casos em crianças e adolescentes. Já em Sergipe, além da alta na mesma faixa etária, também foi registrado aumento em adultos de idade mais avançada.

Coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, alerta que, embora a tendência seja de estabilização ou queda da SRAG no público infantil dos estados do Centro-Sul, o número de casos já tinha chegado a um patamar alto.

“Esses estados passaram por um longo período de aumento, semana após semana, nos casos de SRAG nas crianças pequenas. A interrupção ou reversão dessa tendência levará tempo para se refletir na redução dos leitos ocupados, já que parte dessas crianças continua hospitalizada. Além disso, as baixas temperaturas favorecem as infecções respiratórias nesse período do ano. É importante mantermos cuidados de ventilação adequada e uso de máscaras pelas pessoas que apresentam sintomas gripais  e não tem condições de fazer o repouso recomendado”, explicou Marcelo Gomes, segundo a Fiocruz.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o vírus sincicial respiratório causou 40% das ocorrências de SRAG com origem viral no país. O SARS-CoV-2, que causa a covid-19, respondeu por 22,8% dos casos, seguido por 17,5% do vírus da Influenza A, e 6,6% do Influenza B. Apesar disso, a covid-19 continua a responder por metade dos óbitos causados por síndromes respiratórias agudas graves virais no país.

A Fiocruz destaca ainda que o  permanece em queda no número de casos entre a população adulta na maioria dos estados. Em março, o vírus respondia por 80% dos casos, participação que caiu para 50% em maio.

Já a gripe causada pela Influenza A – majoritariamente H1N1 – registrou aumento ao longo do mês de maio e manteve presença importante em junho.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*