
Por Etiene Ramos
Depois de quase seis meses de operação no modelo soft openning, o Max Day Hospital foi inaugurado nesta quinta-feira (3), no Shopping RioMar, no Recife. Com nove salas cirúrgicas e 35 leitos, o hospital realiza cirurgias eletivas de baixa e média complexidade, que exigem até 12 horas de internação dos pacientes.
A aposta dos empreendedores, os médicos radiologistas Marcelo Menezes e Alberto Souza Leão, é na desospitalização, uma tendência que cresce no Brasil reduzindo riscos de infecção e os custos da operação. “Oferecemos mais segurança para o paciente porque no hospital dia há uma redução brutal do nível de infecção hospitalar. Temos um bom sistema de filtragem de ar e esterilização diária ao final do dia. Nossos números iniciais mostram que a receptividade está sendo excelente na experiência do paciente”, declara Alberto Souza Leão.
O modelo também já atende aos convênios Geap Saúde, Camed Saúde e Unimed Saúde e vem despertando o interesse de outras operadoras pela diferença no modelo tradicional de internação. “Conseguimos uma relação ganha-ganha que vem sendo construída a seis mãos entre hospital, médicos e operadoras. Estamos juntos para enfrentar o momento de extrema dificuldade na saúde suplementar e fornecer uma solução que traga redução de custos para o sistema todo”, completa o médico e empresário.
O empreendimento conta com investimentos da ordem de R$ 35 milhões, incluindo execução e operação, e ocupa uma área de 3 mil metros quadrados – um andar completo de uma das duas novas torres do empresarial RioMar Trade Center. Entregues em setembro passado, boa parte das salas já são ocupadas por clínicas e consultórios, numa sequência do perfil das três torres iniciais do empresarial.
“Médicos com clínicas nas torres 4 e 5 têm acesso direto ao hospital e todos os recursos de excelência do shopping. Os profissionais e os pacientes podem pedir refeições do cardápio dos restaurantes, por exemplo”, diz Alberto Souza Leão, lembrando que estar perto da Ilha do Leite, principal bairro do polo médico do Recife, é um outro atrativo para os profissionais da saúde.
A estrutura do Max Day permite realizar de 60 a 70 cirurgias de pequeno e médio portes por dia. Das nove salas cirúrgicas, segundo Souza Leão, a maior parte tem capacidade para anestesias gerais, além de UTI. Nesta primeira fase, os procedimentos estéticos e cirurgias plásticas foram os mais executados mas com a chegada de mais credenciamentos, os sócios acreditam no aumento das cirurgias ortopédicas, urológicas e ginecológicas e de otorrinolaringologia.
“Podemos fazer de neurocirurgias a especialidades como dermatologia e pediatria. Como o hospital começou do zero, ainda não sabemos qual especialidade médica irá dominar. Normalmente, nos hospitais, o corpo clínico vai se formando e uma a duas especialidades predominam. Mas estamos prontos para absorver qualquer uma das especialidades que venha a hipertrofiar, e ir adequando a estrutura”, detalha.
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