Doença rara, a neurofibromatose levou mulher a fazer 25 cirurgias para retirar tumores em todo o corpo

Charmaine Sahadeo, um caso raro e muito grave de nuerofibromatose, após as cirurgias que retiraram centenas de tumores. FOTO: Reprodução ILC/Metrópoles

Uma doença de pele rara, a neurofibromatose NF-1, que acomete uma a cada 3 mil pessoas, provocou centenas de tumores em Charmaine Sahadeo, de 42 anos, natural de Trinidad e Tobago, país caribenho. A paciente, passou por 25 cirurgias que, no total, somaram 60 horas.

A primeira durou 13 horas, período em que foram retirados 100 tumores. Muitos deles localizados na cavidade bucal.  “Tinha medo de morrer sem ar. Não conseguia respirar e falar direito pelo excesso de tumores dentro da minha boca. Desde os 13 anos vivo assim”, declarou Charmaine ao site Metrópoles.

A neurofibromatose NF-1, também conhecida como também conhecida como doença de von Recklinghausen, tem origem genética e ainda é incurável. Mesmo assim, as cirurgias conseguem controlar a quantidade de tumores que, de modo geral, não são cancerosos.

A doença facilita a formação de neurofibromas, nódulos de tecido nervoso que aparecem especialmente na pele, mas também nos músculos e nos ossos.

Os tumores graves de Charmaine

A mãe de Charmaine também é portadora da neurofibromatose NF-1, mas num grau bem menos grave do que o da filha, que sofre com o crescimento rápido dos tumores. Sem realizar procedimentos de controle há anos, Chamaine já não conseguia falar, se alimentar com comidas sólidas e até respirar corretamente.

 

Antes e Depois das 25 cirurgias que mudaram a vida de Charmaine. FOTO Reprodução TLC/Metrópoles

O caso dela chamou a atenção de cirurgiões especialistas no programa Take My Tumor, do canal de TV americano TLC. O oncologista Ryan Osborne, especialista em tumores de cabeça e pescoço, revelou que nunca tinha visto um caso tão grave em seus 30 anos de profissão. “A maioria dos médicos teve medo de operá-la pelo alto risco de uma operação tão complexa, mas senti que não podia ficar sem ajudar”, afirma.

As cirurgias para retirar “a maior quantidade de tumores possível” foram realizadas sob um alto risco de infecção e, como poderiam causar dor intensa quando a paciente acordasse, foi preciso ir “somente até onde os analgésicos dão conta”, relatou Osborne. Após a primeira, outras 24 pequenas intervenções se sucederam ao longo de dez semanas.

 

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*