Por Henrique Medeiros*
A naringenina (NAR) é a forma aglicona da naringina, conhecida por ser um polifenol da classe dos flavonoides, encontrada principalmente em frutas cítricas como toranjas, limões e laranjas. Possui um ótimo potencial antioxidante, neuroprotetor, imunomodulador, antitumoral, antidepressivo, antiviral, antibacteriano, anti-inflamatório e cardioprotetor.
É absorvida por meio de difusão passiva e, devido a sua maior lipofilia ou solubilidade em lipídeos, apresenta maior capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. A barreira hematoencefálica (BHE) é percebida como uma estrutura responsável pelo controle de acesso de elementos químicos e biológicos até o sistema nervoso central. Atualmente, a naringenina tem demonstrado que é uma substância capaz de ser usada como neuroprotetora na prevenção de doenças neurodegenerativas, devido ao seu potencial redutor do estresse oxidativo por meio da modulação de vias de sinalização celular.
Estudos demonstram que a naringenina elevou consideravelmente a atividade das enzimas antioxidantes pancreáticas como superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidade e glutationa-D-Transferase.
Em uma pesquisa feita com ratas na terceira semana de gestação, foi comprovada que a suplementação materna com naringenina durante a terceira semana foi capaz de alterar a homeostase redox no hipocampo da prole, aumentando a ação de alguns antioxidantes.
Portanto, conclui-se que há uma interferência da naringenina na formação de neurônios e, consequentemente, na formação neural do feto.
*Henrique Medeiros é nutricionista, com especialização em Nutrição Clínica e Funcional, educador físico com especialização em Fisiologia do Exercício, e personal trainer.
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