
Da Redação
O Instituto Primeira Infância Plantar Amor (Pipa) está à frente de uma campanha inovadora para a instalação de salas de apoio à amamentação em empresas de Pernambuco. De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), de 2021, menos de 50% das crianças brasileiras recebem amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida. A estatística é preocupante diante das Metas Globais de Nutrição da Agenda 2030 da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), que já elevou esse índice para 70% até 2030.
O diretor-executivo do Pipa, Rogério Morais, destaca que a iniciativa busca fortalecer os vínculos familiares e promover práticas que beneficiam a sociedade como um todo. “Queremos sensibilizar as empresas sobre a importância de oferecer espaços adequados para a amamentação, não apenas para apoiar a saúde e bem-estar materno e infantil, mas também para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e conscientes das necessidades das mães”, disse. “Investir em espaços que promovam a amamentação é crucial não apenas para a saúde das mães e bebês, mas também para construir ambientes de trabalho mais solidários e alinhados com as necessidades familiares”, enfatiza.
A campanha ressalta a importância de seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda a amamentação exclusiva por pelo menos seis meses e incentiva a continuidade até os dois anos ou mais. Estima-se que cerca de seis milhões de crianças sejam salvas anualmente pelo aumento das taxas de amamentação exclusiva, nos primeiros seis meses de vida, como é indicado pela OMS e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A pediatra Tarciana Mendonça, referendada pelo Ministério da Saúde para ser tutora de salas de amamentação em Pernambuco, ressalta que a amamentação continuada é crucial para a saúde e bem-estar materno e infantil. “Além disso, contribui para um ambiente de trabalho consciente das necessidades das mães, resultando em benefícios para a sociedade”, ressalta.
As salas, segundo a médica, são um espaço adequado para as mulheres esvaziarem suas mamas, permitindo o armazenamento seguro do leite em frascos previamente esterilizados. “Esta prática, com tranquilidade e conforto, permite às mães dispor do leite para alimentar seus filhos em momentos posteriores”, concluiu.
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