
Da Redação
Estamos no mês da campanha Maio Roxo, que expande as mobilizações em todo o mundo para o 19 de maio, Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal. A data é dedicada especialmente à conscientização sobre a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. São doenças crônicas que afetam o sistema digestivo e provocam inflamações persistentes no trato gastrointestinal, com impacto significativo na qualidade de vida de pacientes.
Os casos de doenças inflamatórias intestinais estão crescendo em todo o mundo. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, eles haviam aumentaram 15% nos últimos 9 anos (dados de 2024). “A alimentação é um dos principais fatores desse crescimento, com destaque para os fast foods, alimentos enlatados e industrializados”, explica o médico Gustavo Lima, especialista em doença inflamatória intestinal do Hospital Santa Joana Recife, da rede Américas.
O diagnóstico da doença inflamatória intestinal, segundo ele, geralmente, é feito pela colonoscopia — exame que visualiza, por câmera, inserida no paciente, o interior do intestino. “Contudo, a identificação da doença não se resume ao exame. É necessário montar um verdadeiro quebra-cabeça, envolvendo também avaliação clínica, exames laboratoriais, biópsias e, muitas vezes, a análise de imagens”, informa o médico.
O principal sintoma que acende o alerta para as DIIs é a diarreia crônica, frequentemente acompanhada de sangue, embora existam apresentações atípicas. Em relação ao tratamento, eles vãriam da terapia convencional, com medicações como mesalazina e azatioprina, até terapias mais avançadas, como os modernos tratamentos biológicos e pequenas moléculas.
“A alimentação exerce grande impacto no controle da doença. Os pacientes devem priorizar alimentos naturais e minimizar o consumo de produtos industrializados. Recomenda-se a ingestão regular de frutas, legumes, fibras, raízes e uma hidratação adequada. A carne vermelha, especialmente para portadores de retocolite ulcerativa, deve ser consumida apenas uma vez por semana”, alerta o médico. “Durante períodos de crise, com diarreia intensa, é aconselhável evitar leite e derivados, bem como alimentos gordurosos. Após a fase ativa, esses alimentos podem ser consumidos de forma moderada”, complementa.
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