
Etiene Ramos, com Redação
Celebrado em 16 de maio, o Dia do Médico Geriatra leva a uma reflexão sobre o papel deste esperialista no Brasil, país onde a longevidade da população vem avançando a passos rápidos. Segundo dados do Censo Demográfico 2022, o número de brasileiros com 60 anos ou mais cresceu 56% em 12 anos, saltando de 20.590.597 (10,8%), em 2010, para 32.113.490 (15,6%), em 2022.
Com o aumento da expectativa de vida, cresce também a busca pelo médico geriatra. “A demanda vai aumentar porque a população envelheceu, compreendeu a necessidade de ter um medico que conheça as particularidades diagnósticas e terapêuticas do idoso e que possa gerenciar seus cuidados de saúde assim como apoiar família e cuidadores”, observa Maria do Carmo Lancastre, médica geriatra do Instituto de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco (IGGPE), instalado no Hospítal Português do Recife.
O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), primeiro hospital público do Norte e Nordeste voltado prioritariamente a esse público, orienta a procura pelo geriatra a partir dos 60 anos, explicando que ele é difetente de um clínico geral que trata doenças comuns em adultos. “O geriatra tem formação específica para lidar com as particularidades do envelhecimento — como a fragilidade, a polifarmácia e a interação entre múltiplas condições crônicas. Ele foca na qualidade de vida e no olhar centrado na pessoa idosa, mais do que apenas na patologia”, explica o geriatra do HECPI, Hugo Melo.
Especialista no cuidado de pessoas idosas , o geriatra atua na promoção do envelhecimenoto saudável, na prevenção, no tratamento e na reabilitação de doenças como demências, diabetes e hipertensão arterial. Também cuida de problemas com múltiplas causas, como tonturas, risco de quedas e incontinência urinária, além de fornecer cuidados paliativos aos pacientes com doenças ameaçadoras à vida. “É preciso olhar para a pessoa, enxergar quem ela é no contexto que está inserida, sua funcionalidade, o suporte familiar e os objetivos e preferências de vida daquela pessoa”, detalha Melo.
Para Maria do Carmo, a prática da especialidade é muito interessante mas também complexa “por envolver e acompanhar o envelhecimento do organismo e de todos os seus sistemas”.
O especialista também trabalha em equipe, coordenando várias especialidades e vários profissionais com foco na funcionalidade, autonomia e qualidade da vida e do fim da vida – quando chega a hora dos cuidados paliativos. “Mas a qualquer momento em que o idoso apresentar múltiplas doenças, uso de muitos remédios, quedas frequentes, perda de memória, dificuldades para atividades do dia a dia ou mudanças no comportamento, o geriatra deve ser procurado. Quanto mais cedo, melhor a prevenção”, destaca Hugo Melo.
O HECPI faz parte da rede de saúde da cidade do Recife e oferece aos pacietes atendimento com geriatra no Ambulatório e no Internamento. Todo acesso ao serviço da unidade ocorre via regulação da Secretaria de Saúde do Recife, após atendimento em uma unidade básica de saúde.
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